Abstract This article analyzes the (formal and informal) role of control mechanisms in fostering (proactive and reactive) organizational resilience of financial technology startups (fintechs), considering the moderating effect of environmental unpredictability. First, there is little evidence on formal and informal control mechanisms in the context of organizational resilience. Second, studies on management controls focus on some resilience approaches, however, they do not address resilience from a proactive and reactive perspective. Third, the literature on the effects of environmental unpredictability on contemporary organizations, like the fintechs, is still scarce. On the one hand, new evidence is added to the literature on management control and organizational resilience, the understanding of antecedents of resilience in startups is expanded, and insights are provided on the effects of environmental unpredictability on the alignment of management controls and objects of control. On the other hand, insights are provided on control mechanisms that fintechs can benefit from to building organizational resilience, both to anticipate and prepare and to act and formulate responses in the face of business disruptions and uncertain times. The findings benefit the building and strengthening of resilience in fintechs, which becomes key for these startups to survive and consolidate themselves in the financial market. Data have been collected by survey and analyzed through structural equation modeling. Additional investigation has been conducted via fuzzy-set qualitative comparative analysis. The main results reveal that: (i) formal and informal control mechanisms foster proactive and reactive organizational resilience; (ii) in scenarios of high environmental unpredictability, greater attention given to informal controls results in higher proactive resilience levels; and (iii) there are four (five) organizational configurations that lead fintechs to high proactive (reactive) resilience.

Resumo Este artigo analisa o papel de mecanismos de controle (formais e informais) no fomento à resiliência organizacional (proativa e reativa) de startups de tecnologia financeira (fintechs), considerando o efeito moderador da imprevisibilidade ambiental. Primeiro, existem poucas evidências sobre mecanismos de controle formais e informais no âmbito da resiliência organizacional. Segundo, os estudos de controles gerenciais enfocam algumas abordagens de resiliência, porém, não abordam a resiliência sobre a ótica proativa e reativa. Terceiro, a literatura sobre os efeitos da imprevisibilidade ambiental em organizações contemporâneas, como as fintechs, ainda é limitada. Por um lado, acrescentam-se novas evidências para a literatura de controle gerencial e resiliência organizacional, amplia-se o entendimento de antecedentes da resiliência em startups e proporcionam-se insights sobre os efeitos da imprevisibilidade ambiental no alinhamento entre controles gerenciais e objetos de controle. Por outro lado, são fornecidos insights de mecanismos de controle que as fintechs podem se beneficiar para desenvolver resiliência organizacional, tanto para antecipar e se preparar quanto para agir e apresentar respostas diante de interrupções nos negócios e momentos incertos. Os achados beneficiam a construção e desenvolvimento da resiliência em fintechs, o que se torna vital para que essas startups consigam sobreviver e consolidar-se no mercado financeiro. Os dados foram coletados por survey e analisados a partir de modelagem de equações estruturais. Uma análise adicional foi conduzida via análise qualitativa comparativa de conjuntos difusos (em inglês, fuzzy set). Os principais resultados revelam que: (i) mecanismos de controle formais e informais fomentam a resiliência organizacional proativa e reativa; (ii) em cenários de alta imprevisibilidade ambiental, maior atenção dedicada aos controles informais resulta em maiores níveis de resiliência proativa; e (iii) existem quatro (cinco) configurações organizacionais que levam as fintechs a alta resiliência proativa (reativa).

ABSTRACT Purpose: The study aimed to understand the dynamics of the relationship between organizational resilience and the adaptive capacity of a family company from Rio Grande do Sul, aiming to sustain its performance in the midst of the pandemic caused by the coronavirus. Design / methodology / approach: The research was operationalized by means of a case study, carried out in a family company in the food industry in the city of Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil. Data was collected by means of semi-structured interviews and document analysis. Afterwards, the material was transcribed and entered into NVivo® software to perform the content analysis. Findings: The results indicate that the resilience dimensions enabled the emergence of the company’s adaptive capacity to sustain itself amidst the turbulent environment. Therefore, the findings indicate that the organizational resilience of the company analyzed in this case study provided the company’s adaptation to the pandemic context through coping, recovery and resumption of the company in the face of change and uncertainty. Limitations / implications: We highlight the non-participation of the researchers effectively in the field, due to the restrictions imposed by the pandemic. This fact prevented the expansion of data triangulation through non-participant observation of the daily life of the family business. Practical implications: The study enables managers to reflect on how to sustain their companies in crisis environments through anticipatory or reactive actions, characterized based on dimensions of organizational resilience, which enable the company’s adaptive capacity. Originality / value: The originality of this study is confirmed by a bibliometric survey that found a lack of studies which use the approaches of organizational resilience, adaptive capacity, and perceived performance together, in the light of the socioemotional wealth theory.

RESUMO Finalidade: O estudo objetivou compreender a dinâmica do relacionamento entre a resiliência organizacional e a capacidade de adaptação de uma empresa familiar gaúcha visando sustentar seu desempenho em meio ao período de pandemia gerado pelo coronavírus. Desenho / metodologia / abordagem: A pesquisa foi operacionalizada por meio de um estudo de caso, operacionalizado em uma empresa familiar do ramo alimentício da cidade de Pelotas/RS. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturas e análise documental. Após, o material foi transcrito e inserido no software NVivo® para realização da análise de conteúdo. Constatações: Os resultados indicam que as dimensões da resiliência possibilitaram a emersão das capacidades adaptativas da empresa para se sustentar em meio ao ambiente turbulento. Portanto, os achados apontam que a resiliência organizacional da empresa analisada neste estudo de caso proporcionou a adaptação da empresa ao contexto de pandemia por meio do enfrentamento, recuperação e retomada da empresa frente a situação de mudança e incerteza. Limitações / implicações da pesquisa: Destaca-se a não participação dos pesquisadores efetivamente em campo, em virtude das restrições impostas pela pandemia. Este fato impediu a ampliação da triangulação de dados por meio da observação não participante no cotidiano da empresa familiar. Implicações práticas: O estudo possibilita a reflexão de gestores sobre a sustentação de suas empresas a ambientes em crise por meio de ações antecipatórias ou reativas, caracterizadas a partir de dimensões da resiliência organizacional, as quais promovem a capacidade de adaptação da empresa. Originalidade / valor: A originalidade deste estudo se comprova a partir de um levantamento bibliométrico que constatou a ausência de pesquisas utilizando em conjunto as abordagens de resiliência organizacional, capacidade adaptativa e percepção do desempenho à luz da teoria da riqueza socioemocional.